A árvore harmônica é uma ferramenta teórica usada na música para organizar e compreender as relações entre acordes e tonalidades, especialmente em progressões harmônicas. Ela é útil para visualizar como os acordes estão conectados dentro de um sistema tonal, mostrando hierarquias e funções harmônicas.
Estrutura Básica da Árvore Harmônica
Tônica (I):
- Representa o ponto de repouso ou estabilidade na música.
- É o acorde principal da tonalidade e o centro de gravidade para onde as tensões harmônicas tendem a resolver.
Subdominante (IV e II):
- Os acordes dessa categoria criam movimento em direção à dominante.
- São responsáveis por "preparar" a progressão harmônica, adicionando um elemento de tensão moderada.
Dominante (V e VII):
- Acordes que carregam maior tensão, criando uma forte expectativa de resolução na tônica.
- Incluem a dominante propriamente dita (V) e seus substitutos, como o acorde diminuto no VII grau.
Outros Ramos (Funções Secundárias e Modulações):
- A árvore pode incluir acordes secundários, como dominantes secundárias (exemplo: V7/V) ou acordes modulatórios que conectam diferentes tonalidades.
Representação Visual
A árvore é geralmente representada como um diagrama ramificado:
- O tronco principal é a tônica (I).
- Dois grandes ramos se ramificam para a subdominante (IV, II) e a dominante (V, VII).
- A partir de cada ramo, podem surgir sub-ramos, que representam substituições, variações e extensões, como acordes com tensões (9ª, 11ª, 13ª) ou funções emprestadas de outras tonalidades.
Exemplos de Uso
Na Tonalidade de Dó Maior:
- Tônica: C (Dó maior)
- Subdominante: F (Fá maior), Dm (Ré menor)
- Dominante: G (Sol maior), Bº (Si diminuto)
- Progressão típica:
C → F → G → C
(Tônica → Subdominante → Dominante → Tônica)
Benefícios de Estudar a Árvore Harmônica
- Compreensão das Progressões: Ajuda a entender como os acordes se relacionam e por que certos movimentos soam mais naturais ou tensos.
- Criação de Variedade: Com base na árvore, você pode experimentar substituições ou modulações para enriquecer suas composições.
- Improvisação e Análise: Facilita a escolha de escalas ou arpejos que se ajustem às funções harmônicas em um contexto tonal.